Autenticidade sem Culpa: a Coragem de não Viver para Agradar
- Psicóloga Camila Teixeira

- 25 de fev.
- 2 min de leitura

Autenticidade é um ato de coragem, mas nem sempre parece fácil escolhê-la sem culpa. Desde cedo, muitas mulheres aprenderam a agradar, a evitar conflitos, a dizer “sim” quando, na verdade, gostariam de dizer “não”. O medo de decepcionar, de serem rejeitadas ou julgadas pesa nos ombros e, aos poucos, a vontade de responder às expectativas alheias se sobrepõe à liberdade de simplesmente ser quem é.
Contudo, viver tentando agradar o tempo todo é exaustivo. Estar sempre disponível, acessível e atendendo às necessidades dos outros à frente das suas pode levar ao esgotamento. E, no fim, o que resta depois de tanto esforço para se encaixar em espaços que nem sempre são seus? Conhecer e respeitar os próprios limites não é egoísmo, mas um ato de amor próprio. Você não precisa carregar o mundo nas costas nem buscar validação o tempo todo. Sua presença não deve depender da aprovação alheia, e seu valor não está em quantos sacrifícios faz pelos outros.
O medo do julgamento pode ser paralisante, mas a verdade é que ninguém pode viver sua vida por você. Algumas pessoas podem se incomodar quando você começa a se posicionar, mas isso não significa que você esteja errada. Pelo contrário: quando você se permite ser distinto, surgem relações mais verdadeiras, onde não precisa fingir ou se moldar para ser aceita. É libertador perceber que dizer “não” não é rejeitar o outro, mas afirmar a si mesma. Estabeleça limites que mantenham as pessoas certas por perto e permita que apenas aquelas que não respeitam quem você é se afastem.
Quando você escolhe ser quem realmente é, algo se transforma. O peso da aprovação diminui, a culpa perde força e, em seu lugar, surge uma conexão verdadeira consigo mesma. Você não precisa ser perfeito nem atender a todas as expectativas; basta se permitir existir, plenamente, do seu jeito. E isso é mais do que libertador — é essencial para viver com conforto e satisfação.
Então, hoje, convido você a refletir: suas escolhas e posicionamentos estão permitindo que você viva a vida que realmente deseja? Ou ainda está presa a expectativas que não são suas? O caminho para a liberdade começa quando você se autoriza a ser quem é — sem culpa, sem medo e sem a necessidade de constante validação. Apenas sendo você, com verdade e leveza.


